Existe algum tempo que meus posts tomaram outro rumo. Percebo que a regularidade de minhas publicações perderam um pouco da velocidade inicial. Quase não tenho publicado assuntos técnicos, são vários os sites que oferecem dicas a respeito, no comando estão pessoas compulsivas por tecnologia. Mas, em breve, pretendo reunir algum material que possa ser útil. Enquanto isso vou utilizando esse espaço para ponderações e conjecturas textuais. Assim, retorno ao mercado popular e me vejo sobre o efeito de duas garrafas de cerveja. Passeando do caldo de feijão ao disco de caranha, sendo que, no meio do caminho nacos de contra-filé e mandioca muito bem cozida interferem enquanto a porção mista de pastéis não chega. A música, atrai dançantes, sujeita-se a uma definição que em outra sonoridade retrata a velha e boa dor de cotovelo e, nesse exato momento, o bolero se torna o sertanejo da melhor idade. Ao me abstrair olhando as mesas lotadas me parece estar ali, um sujeito de ouvidos apurados, um maestro de orquestra sinfônica. Será que é realmente ele? No mercado popular? Não sei!
Os mercados populares para mim marcam as cidades como referência geográfica, política, econômica e sócio-cultural. É um dos lugares que mais gosto de conhecer nas cidades por onde ando. Em algumas ele é muito efervescente, vivo, alegre e em outras, flagelado, marginalizado, pobre e triste. Apesar de sabermos que os mercados, além de tradição e costume, trazem consigo a diversidade das raças, das culturas, dos produtos, das artes, dos fatos históricos e políticos onde estão inseridos e das personalidades que se fundem e se confundem nesses espaços, mesmo assim, muita gente vive apenas a ilusão dos shopping centers.
No Brasil, temos mercados espalhados por todo país. Nas principais cidades registros históricos e arquitetônicos, ainda estão vivos nos atuais dias. Dentre tantos mercados tradicionais temos: o mercado municipal de São Paulo; os mercados populares de Recife (Encruzilhada, Água fria, Santo Amaro, Madalena, Casa Amarela, Boa Vista e São José); o mercado modelo de Salvador; o centro Luiz Gonzaga de tradições nordestinas no Rio de Janeiro; o mercado da Candelária, também no Rio de Janeiro; o Mercado Ver o Peso em Belém; o mercado São Sebastião em Fortaleza e tantos outros, não menos importantes no território nacional.
Então, ao viajar deleite-se com os mercados populares e salve o da sua cidade! Pois, os mercados em sua essência, dão relevo as relações do homem.
Sugestões de escape:
Websites: Mercado Municipal Paulistano, Mercado Municipal de Curitiba, Mercado Municipal de Brasília, Mercado da Boqueria -Barcelona , Mercado das Pulgas - França
Blogs: Blogtur: Mercado Central - Ceará, Por Dentro do Mercado: Um passeio pelos principais mercados do Recife.